terça-feira, 3 de maio de 2011

Assembléia Legislativa quer debater Garabi

O presidente da Comissão do Mercosul do parlamento gaúcho, deputado Mano Changes, anunciou que será criado um grupo técnico para elaboração de um estudo de viabilidade socioeconômica para construção das Usinas de Garabi e Panambi, na região

Assembléia criará grupo técnico para elaborar estudo de viabilidade sócioeconômica para as duas usinas
Em audiência pública realizada pela Assembléia Legislativa, ontem à tarde, no Centro de Eventos Iglenho Araújo Burtet, dentro da programação da 15ª Fenamilho, no parque de exposições Siegfried Ritter, em Santo Ângelo, o presidente da Comissão do Mercosul do parlamento gaúcho, deputado Mano Changes, anunciou que será criado um grupo técnico para elaboração de um estudo de viabilidade socioeconômica para construção das Usinas de Garabi e Panambi, na região.

O encontro proposto pela deputada estadual Zilá Breitenbach (PSDB), contou com as presenças do prefeito Eduardo Loureiro, ex-secretário estadual de Minas e Energia, Valdir Andres, em cuja gestão a obra foi resgatada, superintendente de geração da Eletrobrás, Sidney do Lago Júnior, deputados estaduais Adroaldo Loureiro (PDT) e Jefferson Fernandes (PT), prefeitos da região, políticos, empresários, expositores e comunidade em geral.

No entender de Mano, Santo Ângelo é uma cidade-pólo que tem como foco o desenvolvimento regional "que infelizmente está estagnado", lamenta. "O RS é rico pelo seu desenvolvimento global e investimento de R$ 5 bilhões gerando 40 mil empregos diretos com a construção das duas barragens demonstra uma outra preocupação da Assembléia Legislativa que são os danos ambientais que podem provocar as duas obra.

No seu ponto de vista, as hidrelétricas precisam ser uma bandeira do Estado, pois o grande fator estratégico será a geração de energia.

Nestas obras binacionais, Mano admitiu que estão sendo desencadeadas apenas ações unilateriais. Neste sentido, a Comissão do Mercosul vai começar a criar um grupo técnico para acompanhar a evolução deste processo e analisar as suas prioridades.

O deputado defende que os governos do Estado e federal sejam pressionados a fim de que as obras sejam executadas sem deixar de privilegiar as riquezas naturais. "É portanto se fazer um debate minucioso não esquecendo os impactos ambientas que as hidrelétricas podem acarretar. O desenvolvimento sustentável de uma região harmoniza o homem no meio ambiente", opina.

Para Mano, as duas barragens serão importantes para criação de um corredor ferroviário do Mercosul. Portanto, será feito um estudo técnico junto a Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam), buscando detalhes dos impactos a serem causados pelas duas obras. E as audiências públicas servem para mobilizarem as comunidades e que devem estar atentas aos impactos que as barragens podem causar nas localidades, comentou. "É preciso fazer um debate minucioso com a população antes de começar um estudo técnico", reforça o parlamentar.
IMPACTOS NEGATIVOS

Para a deputada Zilá, o RS precisa estar preparado para usufruir as oportunidades que as hidrelétricas proporcionam, na tentativa de diminuir, ao máximo, os impactos negativos que as obras poderão provocar.

Agência Da Hora com informações da Tribunal Regional