quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um parabéns bem grande!





Ontem o grupo recebeu uma excelente notícia: nosso professor e mestre orientador, Carlos Domingues, recebeu a notícia que de o projeto "Ribeirinhos do Rio Uruguai" lhe renderia muito mais que algumas boas histórias para contar ou alguma frustração com a política nacional e internacional. Ontem nosso amigo, professor e exemplo de profissionalismo: Cadré, nos informou que a partir do próximo ano é o mais novo futuro doutor pela UFRGS.

O projeto de tese aprovado para tal fato? Ribeirinhos do Rio Uruguai.

Sim, nosso projeto alçou voos mais altos depois desta notícia. Os planos de futuro do até então amado professor do Cesnors já se mostrou não caber mais naquela "média" cidade.
Lembro de alguns dias atrás ele falando da vida. Falava que precisava de algo novo. De algo que animasse a pacata vida de um cara da cidade grande que foi ganhar a vida, do lado da grande família, no interior. Seu talento e sua criatividade mereciam algo além. Algo maior. Pois aí está, e nada mais que o merecido!

Cadré, quero que saibas que foram diversos os dias que sentamos a mesa de um bar para pensar sobre os rumos do nosso projeto. Foram em todos esses momentos que aprendemos a enxergar o além daquilo que nossa faculdade oferecia. Você nos mostrou que é necessário sair da zona de conforto e sujar as calças para conseguir algo que os outros não têm.

Você, que fez aquele belo discurso de formatura, nos fez viver histórias que contaremos a amigos, filhos e possíveis netos.

Enfim, Cadré! Saiba que não foi graças a nós que isso se tornou realidade. Foi graças a você, que nos arrastou junto nessa empreitada, um a um, que hoje teu presente lhe sorri.

Sorte, sucesso, felicidade, saúde e boa memória. Para lembrar a cada dia de cada um dos loucos dias de aventuras que vivemos.

Porque tu é O CARA!

Agricultores resistem à construção da Usina Itapiranga

Alvo da manifestação foi o escritório da Eletrosul, que estaria trabalhando de forma impositiva para viabilizar a obra.

Por Leandro Kempka

Centenas de pessoas, a maioria agricultores dos municípios de Itapiranga, Pinheirinho do Vale, Vicente Dutra e Caiçara, participaram de uma manifestação, na sexta-feira, 25, contra a realização dos estudos para a construção da Usina Itapiranga.

A marcha iniciou no Colégio Agrícola de Itapiranga rumo ao centro da cidade, onde aconteceu manifesto em frente ao escritório da Eletrosul – instalado para intermediar nas negociações e realizar os estudos de impacto ambiental da usina. O ato encerrou às margens do rio Uruguai, onde peixes nativos foram soltos com o objetivo de alertar para a diminuição das espécies.

De acordo com o coordenador-regional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Marcelo Leal, os técnicos do escritório da Eletrosul – recentemente instalado em Itapiranga – estariam trabalhando com uma linguagem impositiva, o que desagrada os agricultores. “O pessoal está dizendo que a usina vai ser construída de qualquer forma, mas o fato é que a comunidade está resistindo e ainda não existe estudo algum. O próximo passo será a realização de uma audiência pública com os técnicos da Eletrosul. Vamos reivindicar o fechamento do escritório e a paralisação dos estudos de viabilidade”, afirmou Leal.

Leal ainda explicou que poucas pessoas sabem qual é o verdadeiro impacto, tanto social como ambiental, que a construção do empreendimento vai ocasionar para a região. “São mais de 1,5 mil famílias que irão sair, o que causará o êxodo rural e o empobrecimento da região”, acrescentou.

O gerente de patrimônio e meio ambiente da Eletrosul, Martin Carlos Resener, garante que o trabalho não está sendo realizado de forma impositiva e que o objetivo é apenas cumprir o cronograma previsto pelo Ministério de Minas e Energia. “A gente trabalha com diálogo e negociações, sempre respeitando o rio, conciliando interesses e evitando conflitos. Estamos trabalhando para realizar o estudo de viabilidade técnica e econômica da usina até fevereiro de 2014, como propõe o cronograma do Ministério de Minas de Energia. Vivemos o dilema de conciliar o desenvolvimento com a preservação”, explicou.

Ainda conforme Resener, em termos práticos, depois que os estudos forem concluídos, provavelmente o projeto da usina seja concretizado.

Durante o protesto ainda aconteceu uma palestra com o professor, mestre em Botânica, doutor em Ecologia e Recursos Naturais, Paulo Brack, que falou sobre os impactos ambientais ocasionados pela construção de hidrelétricas no rio Uruguai. Confira a entrevista exclusiva com o especialista na edição de sábado.


Manifestações atrasam implantação da usina
Conforme o cronograma inicial do projeto, após a sondagem geográfica, medições hidrométricas, topografia, cadastro socioeconômico e as liberações de licença ambiental, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizaria o leilão para construção do empreendimento em junho de 2008, com previsão para início da obra em junho de 2009, e início da operação em junho de 2013. No entanto, devido às manifestações contra o projeto, nem mesmo os estudos socioeconômicos foram realizados.