quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Reportagem divulgada no site EcoAgência
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Documentário Ribeirinhos!
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Levando os Ribeirinhos a Floripa!
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Informe Comercial na ZH sobre as hidrelétricas
Coluna faz menção ao nosso blog.
As lendárias águas do rio Uruguai Texto atualizado em 07 de Setembro de 2010 - |
Por, Suzana Pires |
O Rio Uruguai que nasce na fronteira entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e que demarca a divisa do Rio Grande do Sul com a Argentina, recebe a devoção dos ribeirinhos e da população de todo o estado. Mesmo quem nunca o viu, o sabe. Cantado em verso e prosa, cenário de antigas lendas e povoado de histórias, o rio é agora motivo de uma polêmica contemporânea. A intenção da construção de duas barragens tem mobilizado diferentes setores lá pela fronteira. Nada muito diferente de discussões que este tipo de obra gera em qualquer lugar do Brasil. A questão aqui é a possibilidade de que Salto do Yucumã seja alagado pelas águas das barragens. E que a construção da barragem impeça as espécies de peixes migratórios de subirem o rio para desovar na parte mais alta, além dos comuns problemas culturais e sociais que este tipo de empreendimento gera. A equação é a seguinte: não admitimos nenhuma preocupação com falta de energia que interrompa o acelerado fluxo de nosso cotidiano. O aumento do poder aquisitivo da população do País, o sempre crescente consumo de bens que dependem da energia elétrica nos coloca em uma situação difícil. Como dar conta disso sem construir novas hidrelétricas num país que a simples menção de um “apagão” é motivo de grandes escândalos na imprensa e gera uma verdadeira guerra política? Queremos energia sem preocupações de onde ela vem. Mas também queremos manter nossa biodiversidade, nossa história e nossas paisagens. Para termos outras fontes de energia limpa leva tempo. Quem se dispõe a esperar? Alguém tem alguma sugestão? As únicas fotos que tenho do Rio Uruguai fiz na cobertura de um evento do Movimento de Mulheres em Porto Xavier, a balsa é a ligação entre a cidade e nossa vizinha Argentina. Visitarei em breve o Salto do Yucumã e trarei belas imagens para publicar nesta coluna. Assista ao vídeo “Ribeirinhos nas escolas”. Disponível no Site: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=31847 |
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Entrevista com o secretário Altino.
Altino Ventura Filho, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério das Minas e Energia
Zero Hora – Em que estágio estão os projetos para as usinas?
Altino Ventura Filho – Concluímos em julho o inventário do Rio Uruguai, identificando os locais onde as barragens podem ser construídas. O próximo passo será o Estudo Técnico de Viabilidade Econômica, que deve ser licitado no segundo semestre e demorar mais dois anos para ser concluído. Em paralelo, vamos fazer o estudo de impacto ambiental.
ZH – Há risco de o Salto do Yucumã ser alagado?
Ventura – O Salto de Yucumã não será alagado. No inventário original, era. Reduzimos a usina de Panambi por causa do Salto. A alternativa anterior, que era a usina de Roncador, tinha uma cota de 164 metros acima do nível do mar. Agora, Panambi ficará em 130 metros. Isso reduziu a área alagada para 200 quilômetros quadrados, metade no Brasil, metade na Argentina. Garabi também sofreu uma redução na barragem.
ZH – O Parque do Turvo, uma área de preservação ambiental, será afetado?
Ventura – O estudo indicou que a barragem alcança uma pequena parcela do Parque do Turvo, mas é uma área que já fica alagada no período de cheias. O rio já ocupa uma área maior do que será ocupada pela própria usina. Mas somente com o levantamento topográfico teremos, com toda a segurança, onde o lago vai chegar e como isso se comporta com o período de seca e de cheia do rio.
ZH – A prefeitura de Porto Mauá teme que mais de 50% da área urbana e 25% da rural sejam alagadas. Isso vai acontecer?
Ventura – Não temos essa análise ainda. Os números precisos, só depois do estudo de viabilidade econômica. Creio que não há riscos de isso acontecer.
FÁBIO SCHAFFNER | Brasília